Olá, pessoal.
Em junho deste ano nasceu o lindo Arthur, filho da Thanaiara (minha prima em primeiro grau) e seu esposo Lucas. Cerca de 3 meses após o nascimento, os pais do Arthur perceberam umas manchinhas roxas nele, e, preocupados, o levaram ao pediatra, que solicitou exames de sangue e confirmou que o Arthurzinho estava com Leucemia (LLA pró B, com mutação no gene MLL t11q23, de alto risco).
Para conhecer a história do Arthur, clique AQUI e veja a reportagem feita pela RBS / G1 sobre o Arthur.
No Facebook, os pais criaram uma página com o dia a dia do Arthur, a página se chama Juntos pelo Arthur. (Atualizando a postagem em 29/05/2019: O Artur fez transplante de medula e está curado).
Não deveria ser assim, mas quando um diagnóstico destes surge dentro da família da gente, ficamos mais sensibilizados, percebemos que tudo isto é real, que as doenças graves existem e podem bater na porta de qualquer pessoa.
Confesso que sempre tive vontade de me cadastrar como doadora de medula óssea, mas, em Itapema - Santa Catarina, onde eu morava até pouco tempo atrás, o cadastro para doação era um pouquinho longe (Florianópolis), o que, somado à correria do dia a dia, gerava uma certa dificuldade.
Como estou morando no Plano Piloto de Brasília, o Hemocentro é pertinho do meu domicílio, o que facilitou o cadastro como doadora voluntária de medula óssea. Como sou prima do Arthur em segundo grau, as chances de compatibilidade genética são um pouquinho maiores, por isto fui logo no Hemocentro de Brasília e me cadastrei no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Quando a gente se cadastra no REDOME, não se cadastra visando a compatibilidade genética com uma única pessoa, mas sim visando a compatibilidade genética com quaisquer dos milhares de pacientes do Brasil e do mundo, que estão a espera de uma doação de medula óssea (mantenha seus dados sempre atualizados no site do REDOME, para que eles te localizam, caso encontrem um receptor de medula óssea compatível com você). Qualquer pessoa, entre 18 e 55 anos, com boa saúde e sem diagnóstico de doenças graves, pode se cadastrar como candidato a doador de medula óssea. Havendo compatibilidade (o seu sangue será analisado por exame de histocompatibilidade - HLA, um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes do Brasil e do mundo que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade), o candidato a doador é chamado para fazer alguns exames (custeados pelo INCA - Instituto Nacional do Câncer) para confirmar a compatibilidade e para verificação do estado de saúde, e, dando tudo certo com os exames, o INCA paga todas as despesas (locomoção, estadia, internação, etc) e o doador é internado para fazer a doação (a doação é feita com anestesia geral ou raque e os riscos são mínimos). Conforme informações do REDOME/INCA, "A coleta de células para o transplante pode ser feita por meio de uma pequena cirurgia, sob anestesia geral, de aproximadamente 90 minutos, na qual são realizadas de quatro a oito punções com agulhas nos ossos da bacia, para que seja aspirada parte da medula. Retira-se um volume de medula de 15ml por quilo de peso do doador. Essa retirada não causa qualquer comprometimento à saúde do doador, que recebe alta no dia seguinte ao procedimento. Há outro tipo de coleta chamado aférese. Nesse caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio da máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia. A decisão sobre o tipo de doação é exclusivamente dos médicos.".
Confesso que me sinto mal por não ter me cadastrado como doadora muito antes, pois talvez eu seria compatível com alguma pessoa que já partiu desta terra e que estava a espera de um transplante de medula óssea e não encontrou doador compatível.
Esta é a carteirinha do REDOME, que você receberá:
O cadastro como doador é bem simples, basta você ir (em alguns lugares é necessário agendar) até um hemocentro (aproveite e leve amigos dispostos a fazer o bem) e pedir para se cadastrar como doador de medula. Eles coletarão alguns dados pessoais e te direcionarão a uma sala, onde retirarão cerca de 10ml de sangue, você assinará um termo (você pode desistir de ser doador quando você quiser) e pronto! Depois de alguns dias você recebe a carteirinha de doador(a) voluntário(a) de medula óssea.
Para conhecer a lista de Hemocentros em que você pode se cadastrar no REDOME (onde se cadastrar), clique AQUI.
Para mais informações sobre doações de medula óssea, entre no site do REDOME: http://redome.inca.gov.br/
Portanto, não perca mais tempo, pois uma vida pode estar precisando de você. Vá logo até um hemocentro e se cadastre como doador(a) voluntário(a) de medula óssea!
Abraços e muita saúde a todos!
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