Já parou para pensar como surgiu a Moeda? Como eram feitas as negociações antigamente?

Fica comigo, pois na postagem de hoje vou te contar tudo sobre a história da moeda.


No início não havia moeda. Sua existência é fruto de uma longa evolução. A história nos conta que no início das civilizações, o homem primitivo procurava se abrigar do frio em cavernas e procurava acabar com a fome alimentando-se de frutos, caça e pesca. 

Ao longo dos séculos, com seu desenvolvimento,o homem passou a sentir a necessidade de maior conforto. Assim, em decorrência das necessidades individuais, surgiu o escambo, onde as pessoas trocavam o excesso de mercadorias escassas, como por exemplo a troca de milho por peixe e assim por diante.

Não era atribuído um valor a cada mercadoria trocada e elas geralmente eram trocadas em seu estado natural.

Com o passar do tempo, e pela sua utilidade, algumas mercadorias eram mais procuradas do que outras, tais como, o bovino e o sal, que se tornaram moeda-mercadoria.

Esse sistema de trocas diretas, que durou por vários séculos, deu origem ao surgimento de palavras que conhecemos hoje, como:

Pecúlio que significa “dinheiro acumulado”, vem de pecus – “gado” em latim (Pecúnia “dinheiro”, mesmo radical). Capital vem de capita, “cabeça”, em latim. Salário vem de sal.

Com o passar do tempo, esse sistema de trocas por mercadorias se tornou inconveniente às transações comerciais, devido aos seguintes fatores:

(a) seu valor era oscilante;
(b) não era possível fracionar;
(c) são perecíveis, não permitiam acumular riquezas.

Com a descoberta do metal, o problema da perecibilidade estava resolvido. O metal podia ser acumulado, entesourado, era divisível, raro, belo e fácil de transportar. 

A princípio, era utilizado em seu estado natural, mas depois passou a ser utilizado em barras e, ainda, sob a forma de objetos, como joias e utensílios.

Para evitar a aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca, o metal ganhou forma definida e peso determinado, recebendo uma marca para indicar valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. 

As primeiras moedas – até então de metal raro – surgiram no século VII a.C. Elas foram cunhadas na Grécia em prata, já na Lídia, em eletro, que era uma liga de ouro e prata. 

De modo geral, a moeda até hoje reflete a mentalidade de um povo e de sua época, faz parte de sua cultura, da sua história, das riquezas e do poder das sociedades. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais.

A moeda foi uma invenção revolucionária, que facilitou o acesso das camadas mais pobres às riquezas, o acúmulo de dinheiro e a coleta de impostos – coisas que seriam muito difíceis de realizar caso tivéssemos que fazer contagem em bois ou sacas de sal.

A cunhagem de moedas em ouro e prata manteve-se durante muitos e muitos séculos. As peças eram garantidas pelo valor comercial do metal utilizado na confecção, conhecido como valor intrínseco.

Diferente de como era outrora, a moeda como conhecemos hoje vale por seu valor extrínseco, que é o valor gravado em sua face, independentemente do metal nela contido.

Hoje em dia, a moeda ficou restrita a valores menores, necessários para troco. A durabilidade trouxe a qualidade. Utilizam-se ligas modernas, que buscam durabilidade para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.


Segundo os historiadores, a origem da 2ª grande revolução na história do dinheiro, o papel-moeda, foi na China, por volta do ano 960, mas se espalharam para outros lugares e caíram em desuso no fim do século XIV. As notas teriam reaparecido na Europa somente em 1661, na Suécia. 

A necessidade de estocar as moedas em segurança, deu origem aos Bancos. Os negociantes de Ouro e Prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram então a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e dar recibos onde constavam as quantias guardadas. 

Assim, surgiram as primeiras cédulas de papel-moeda ou cédulas de Banco, ao mesmo tempo em que a guarda de valores em espécie dava origem a instituições bancárias. 

Os primeiros Bancos reconhecidos oficialmente surgiram na Suécia em 1656, na Inglaterra em 1694, na França em 1700 e no Brasil em 1808.

No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810, e seus valores eram preenchidos a mão, como fazemos com cheques hoje em dia.

Como já dito, um dos primeiros lugares a produzir moedas foi Atenas, a cidade-estado da Grécia Antiga (século VI a.C.). A invenção facilitou tanto o comércio que logo se expandiu por todo o Mediterrâneo.

Entre 1125 e 1152 surgiram os monges banqueiros, uma ordem de monges guerreiros, que se espalhavam por toda a Europa, guardavam dinheiro, arrecadavam fundos para as Cruzadas e ofereciam diversos serviços financeiros aos governantes. O Conde de Troyes foi um dos fundadores dos Templários.

A história da moeda não inclui apenas sucessos, mas também uma série de fracassos, que podemos chamar de vergonhosos.

Em Roma, o pagamento do exército e a organização das finanças do império eram feitas em moedas romanas de prata pura. Mas a partir de 64 d.C., com a necessidade de arrecadar mais recursos, os imperadores romanos misturaram essa prata com outros metais – esta mistura por sua vez tinha apenas 5% de prata. Como era de se esperar, o resultado disso foi uma inflação que enfraqueceu o todo o império.

Em 1644, a Suécia, que não possuía prata, mas era rica em cobre, começou a cunhar as maiores moedas já feitas, que pesavam mais de 19,7 quilos cada. Já imaginou andar pelas ruas carregando algumas dessas moedas?

A França foi uma das pioneiras no uso de papel-moeda, mas a primeira tentativa de implantá-lo, em meados de 1716, foi abaixo quando descobriram que as notas emitidas equivaliam a mais que o dobro do ouro presente no país. 

Em 1776, o Congresso americano precisava de um exército para lutar pela independência do país, mas não possuía dinheiro para financiá-lo. A solução foi emitir cartas de crédito, apelidadas de continentals, sob pena de aplicação de duras penas a quem se recusasse a aceitá-las. Fala sério!?

O grande poder de troca e o baixo custo de produção atraiu falsificadores de papel-moeda desde a sua invenção. Um dos casos mais famosos de fraude foram as cédulas inglesas que os alemães imprimiram durante a Segunda Guerra, para desvalorizar a moeda do adversário. Gente, não dá para acreditar, até na Guerra teve falsificação!

No decorrer dos anos, o dinheiro cada vez mais se desmaterializa, e assume formas abstratas, tais como cheque, cartão e movimentações eletrônicas. A inovação vem assumindo um papel muito importante no setor financeiro. Hoje em dia, cada vez mais as operações são realizadas sem a utilização de formas físicas, como cheque ou dinheiro. 

Jack Weatherford, antropólogo, da Faculdade Macalester, nos Estados Unidos da América, afirma que “Com a informática, o dinheiro se transformou em impulsos eletrônicos invisíveis, livres do espaço, do tempo e do controle de governos e corporações”.

Cada vez mais o sistema financeiro busca maneiras eletrônicas de transferência de recursos. Não há dúvidas de que a forma eletrônica de pagamento permite uma segurança muito maior do que outros meios, o que veio a se confirmar com a nova configuração do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP), adotado a partir de abril de 2002. 

Há quem acredite que Cartões de Crédito e Caixas Eletrônicos em rede já representam a 3ª Revolução monetária.

Se gostou do conteúdo, siga o Canal Código do Crescimento no Youtube e deixe um like no vídeo:  https://www.youtube.com/channel/UC7sjdoydnWeTrhLxe52MLBA/featured?sub_confirmation=1

Vídeo no Youtube sobre este mesmo tema, em meu Canal: